terça-feira, 23 de junho de 2015

Segurança nas vias internas de Condomínios Residenciais

É cada vez mais raro ver ruas de casas com muros baixos, portas destrancadas, crianças brincando livremente e até mesmo as boas conversas na calçada.

Essa realidade criou a necessidade de se construírem condomínios fechados, que imitam a sensação de liberdade e segurança que se tinha antigamente.

O nosso condomínio permite que vejamos os jardins, que andemos nas ruas a qualquer hora do dia ou da noite, que nos encontremos com vizinhos para conversas demoradas em frente às casas, e também que deixemos nossas crianças livres...

Entretanto toda liberdade é seguida de perto por altas doses de responsabilidade e respeito às regras.

Uma regra básica de segurança, principalmente no caso de crianças que crescem num ambiente tido como seguro, é a velocidade dos carros nas vias internas - de moradores, visitantes, prestadores de serviço, etc. Todos estão obrigados a obedecer o limite de 20 km/hora, entretanto essa regra por vezes não é obedecida, o que pode gerar consequências trágicas e irreparáveis.

Para evitarmos acidentes automotivos nas vias internas, devemos pensar em meios de controlar a velocidade dos carros.

Existem muitas maneiras, amplamente estudadas e implementadas no Brasil e no exterior para alcançar esse objetivo.

Algumas opções são caras e dependem de obras que sigam projetos e medidas bem específicas, mas também existem opções baratas e de fácil instalação e manuseio, podendo, inclusive, serem retiradas  ou deslocadas, dependendo das necessidades de cada momento.

1. LOMBADAS (informações retiradas da Apostila: Algumas Técnicas de Engenharia de Tráfego na Redução de Prevenção de Acidentes de Trânsito, de Pedro Akishino)

As lombadas são regulamentadas através da Resolução 567/80 do CONTRAN que prevê a existência de dois tipos de lombadas:

- Tipo I com secção medindo entre 0,80 m e 1,50 m


- Tipo II com secção medindo entre 2,60 m e 3,70 m

Os chamados “quebra - molas” podem causar danos mecânicos aos veículos porque não são construídos de acordo com as normas do Contran e causar acidentes porque não são devidamente sinalizados e iluminados.

O usuário prejudicados podem mover ação contra o órgão responsável que terá que responder judicialmente pela sua culpa, sendo o engenheiro projetista o principal responsável.

2. VALETAS
As valetas transversais ou oblíquas têm efeito bastante semelhante à lombada, reduzindo tanto as velocidades médias como as máximas.
Suas dimensões são normalmente fixadas nos projetos de drenagem e sua utilização é justificada como um condutor de águas.
As valetas sofrem um desgaste mecânico bastante elevado, devendo ser executadas em concreto de alta resistência, com uma base suficientemente resistente para garantir a sua durabilidade.
Na prática isso acaba sendo uma das desvantagens da valeta pois esse tipo de execução custa em média 4 vezes mais caro que a de uma lombada de tamanho semelhante.

3. TACHÕES
Os tachões refletivos são elementos importantes como balizadores ou separadores de fluxos, contudo, observa-se sua maior utilização transversalmente à pista , em fileiras simples, duplas ou triplas, com espaçamento variando desde centímetros até dezenas de metros entre fileiras sucessivas, como redutores de velocidade.

As fileiras com pequeno espaçamento entre si (perto de 0,70 m) têm-se mostrado bastante eficientes, pois além de agirem como obstáculos, também apresentam o efeito de vibradores e sonorizadores.
Os tachões deverão ser colocados com muito cuidado, para que não venham a se soltar, perdendo a sua função principalmente se em fileira simples.
A manutenção também deverá ser permanente pois a falta de algum deles, faz com que o mesmo perca a sua função, exigindo imediata reposição.
Nos casos de fileira dupla, a falta de um tachão em uma fileira não prejudica a função de redução de velocidade, se na outra o tachão ainda estiver mantido.
Cabe observar que a utilização dos tachões transversais como redutores de velocidade não está ainda regulamentada pelo CONTRAN, sendo sua implantação considerada como de caráter experimental.

4. SONORIZADORES E VIBRADORES
Sonorizadores são equipamentos instalados na pista que, sendo acionados quando o veículo passa em cima, emite um som característico.
Os Vibradores, normalmente conhecidos como sonorizadores no Brasil, são dispositivos construídos na pista e que provocam, no veículo que passa sobre o mesmo, um desconforto com a vibração produzida.
Embora o dispositivo tenha sido criado com o intuito de alertar o motorista sobre algum evento importante à frente (obstáculo, curva fechada, etc) os que têm sido construídos no Brasil acabam se tornando redutores de velocidades e provocam total desconforto aos motoristas.
Ranhuras muito largas podem causar desconforto aos usuários devido a problemas de trepidação e ao ruído desagradável que produzem e podem causar descontrole das motocicletas.

5. DISPOSITIVOS DE USO TEMPORÁRIO 
(http://www.denatran.gov.br/download/resolucoes/resolucao_contran_160.pdf)
São elementos diversos utilizados em situações especiais e temporários, com o objetivo de alertar os condutores para estas situações, bloquear e/ou canalizar o trânsito, proteger pedestres, trabalhadores, etc.

Esses dispositivos apresentam grande visibilidade e possuem eficiência comprovada, sendo inclusive utilizados pelas polícias para reduzirem a velocidade dos motoristas.



Cones

Cavaletes



Barreiras


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